🚴‍♂️ Ciclismo cresce em Minas Gerais, mas ciclistas enfrentam perigos nas rodovias estaduais e federais

Nos últimos anos, o ciclismo deixou de ser apenas um esporte de fim de semana para se tornar um verdadeiro estilo de vida para muitos brasileiros — e, em especial, para os mineiros. Em cidades do interior e nas grandes capitais, cresce o número de pessoas que adotam a bicicleta como meio de transporte, lazer ou atividade física. Mas com o aumento da popularidade do pedal, também crescem os riscos enfrentados por quem decide encarar as rodovias sobre duas rodas.

Minas Gerais, com suas belezas naturais, trilhas e estradas que cortam paisagens exuberantes, se tornou um ponto atrativo para ciclistas. No entanto, a falta de infraestrutura adequada nas rodovias, como acostamentos largos e ciclofaixas seguras, representa uma ameaça constante. Acidentes envolvendo ciclistas se multiplicam, muitos deles com finais trágicos, e, na maioria das vezes, a precariedade da via é fator determinante.

Rodovias como a BR-251, importante eixo de ligação no Norte de Minas, são palco de desafios diários para ciclistas. A ausência de acostamento em diversos trechos, a má conservação da pista e a alta velocidade dos veículos tornam a prática do ciclismo perigosa — mesmo para os mais experientes.

🚧 Privatização sem segurança?

A discussão sobre a concessão e privatização da BR-251 levanta ainda mais preocupação. Apesar do projeto prever melhorias na rodovia, a proposta atual contempla apenas poucos quilômetros de duplicação, o que, na visão de muitos, é insuficiente diante da extensão e importância da via.

É fundamental que os ciclistas, enquanto cidadãos, se mobilizem para participar desse processo. A exigência de ciclofaixas ou, no mínimo, acostamentos mais amplos, precisa estar na pauta. Essa medida não só beneficia quem pedala, mas também traz mais segurança para todos os usuários da estrada, reduzindo riscos de colisões e aumentando a fluidez do trânsito.

🗣️ “O ciclismo hoje é uma realidade”

Como ressalta o jornalista Arllen Philipe:

“O ciclismo hoje em dia é uma realidade em nosso estado e isso é fato. A BR-251, apesar de um projeto fajuto na minha visão por duplicar poucos quilômetros, precisa ser discutida com responsabilidade. Os ciclistas precisam se mobilizar e participar do processo, pedindo ciclofaixa na via ou, pelo menos, acostamento mais amplo. O acostamento favorece a todos — tanto o ciclista quanto os veículos — e traz mais segurança. Vemos acidentes que acontecem nas estradas por conta da falta de manutenção ou de condições básicas. E isso precisa mudar.”

A popularização do pedal é um caminho sem volta. Cabe agora ao poder público, às empresas concessionárias e à sociedade civil garantir que esse movimento seja acompanhado por respeito, segurança e infraestrutura.

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